Barbara-Atrator
Upskilling e Reskilling: você conhece esses termos?
Traduzindo de forma livre, Upskilling nada mais é do que o aprimoramento de competências, enquanto o reskilling refere-se a requalificação do profissional. O que ambos têm em comum é: eles não são mais opcionais, são pontos essenciais no ambiente de trabalho atual. Ainda mais quando vivemos um momento em que as empresas estão em constante automação e transformação digital, fazendo com que muitas funções sejam redefinidas e até mesmo substituídas.
Quando olhamos dentro da área de gente e gestão, principalmente quando falamos de treinamento e desenvolvimento de equipes, o desafio é tornar os colaboradores preparados para lidar não só com suas funções atuais, mas também para as oportunidades e gaps futuros.
Upskilling ou Aprimoramento de Competências:
Definição: Refere-se ao processo de aprimorar ou expandir as habilidades e conhecimentos que uma pessoa já possui, para que ela possa se tornar mais eficaz no seu papel atual ou avançar na carreira.
Exemplo: Um colaborador que já exerce cargo de liderança há algum tempo e aprende novas habilidades para acompanhar as novas exigências na sua área.
Reskilling ou Requalificação:
Definição: É o processo de aprender habilidades completamente novas que são necessárias para uma função diferente daquela em que a pessoa está trabalhando atualmente. Esse conceito se aplica principalmente quando há mudanças nas demandas de mercado, e os trabalhadores precisam se ajustar a novos tipos de trabalho.
Exemplo: Um trabalhador da indústria automotiva que faz um curso para se tornar um especialista em manutenção de veículos elétricos, devido à transição da indústria para veículos mais sustentáveis.
Principais razões para priorizar a qualificação/requalificação
- Adaptar-se às mudanças tecnológicas.
À medida que a automação e a IA remodelam os setores, os colaboradores precisarão de novas habilidades para permanecerem relevantes. - Aumentar a retenção e a moral.
Quando os colaboradores se sentem apoiados em seu crescimento profissional, é mais provável que permaneçam na organização e tenham um melhor desempenho/engajamento. - Manter-se competitivo. As organizações que desenvolvem continuamente sua força de trabalho estão melhor posicionadas para inovar e responder às mudanças do mercado.
Identificados os gaps de habilidades
Antes de lançar qualquer iniciativa de qualificação/requalificação, as equipes de RH devem primeiro entender onde estão as lacunas de habilidades. Uma análise abrangente de lacunas de habilidades permite que as organizações identifiquem quais funções correm o risco de se tornarem obsoletas e quais habilidades serão mais valiosas daqui para frente. Uma vez que essas lacunas são identificadas, os profissionais podem criar programas direcionados que atendam às necessidades individuais e organizacionais.
Passos práticos
- Conduza uma auditoria de habilidades
- Alinhe-se com os objetivos do negócio
Projetando programas eficazes de Upskilling e Reskilling
Uma vez que os gaps de habilidades tenham sido identificados, o próximo passo é criar programas que efetivamente desenvolvam essas competências. Não importa se seu objetivo é qualificar as pessoas para suas funções atuais ou qualificá-las para posições totalmente novas, é essencial oferecer experiências de aprendizado flexíveis, envolventes e relevantes que se alinhem às aspirações de carreira e preferências de aprendizado dos colaboradores.
Passos práticos
- Ofereça uma mistura de formatos de aprendizagem
- Crie caminhos de aprendizagem personalizados
Um programa eficaz é aquele que não apenas equipa os colaboradores com novas habilidades, mas também os capacita a aplicar essas habilidades em situações do mundo real, melhorando seu desempenho e o sucesso geral da organização.
Medindo o impacto da qualificação e requalificação
- Acompanhe os resultados da aprendizagem
- Medir o ROI
Construindo uma cultura de aprendizagem ao longo da vida
Em última análise, o sucesso de qualquer iniciativa de qualificação ou requalificação depende da criação de uma cultura de aprendizado contínuo. Os colaboradores precisam se sentir capacitados para assumir o controle de seu desenvolvimento, e a liderança deve estar comprometida em promover um ambiente onde o aprendizado seja valorizado.
Para isso:
- Incentive o aprendizado autodirigido
- Envolva a liderança
Construir essa cultura não apenas ajuda os colaboradores a se manterem à frente das mudanças do setor, mas também cria uma força de trabalho mais resiliente e adaptável, mais bem preparada para os desafios futuros.