Trabalhar com a força de trabalho mais velha nas metas de aposentadoria pode ajudar na transição gradual, retendo experiências e habilidades valiosas no local de trabalho. As empresas já recorrem cada vez mais a pessoas com mais de 50 anos para ocupar cargos sêniores que têm sido historicamente difíceis de preencher e estão a oferecer a flexibilidade certa para ajudar a facilitar o regresso ao trabalho.
Ou seja, ao falar de aposentadoria, não estamos dizendo que as pessoas 60+ precisam continuar a trabalhar da forma que faziam antes – ir para o escritório todos os dias, se envolver com diversos problemas e ter que lidar com clientes. O movimento que está sendo feito é justamente mostrar que as pessoas mais velhas, mesmo aposentadas, podem ainda agregar muito nas empresas. A ideia é que elas possam, principalmente, agir como mentores ou especialistas específicos, capazes de ajudar a empresa a guiar a mão de obra mais jovem e tecnológica para um caminho mais recheado de habilidades e conhecimentos, que demandam tempo para serem adquiridos.
Neste tipo de trabalho, tanto os idosos quanto os jovens saem ganhando. Consequentemente, as empresas também. Afinal, já é sabido que existe um gap de habilidades entre os profissionais de hoje e os profissionais do futuro. O que vai diferenciar os homens e mulheres das máquinas é justamente sua capacidade humana de pensar e sentir. Poder contar com pessoas mais velhas guiando esse caminho é extremamente vantajoso – mesmo que não seja simples para eles abrir um QR code.
Garantir a qualidade do emprego em todas as faixas etárias – o que, por sua vez, apoiará os trabalhadores mais velhos – é o objetivo do Good Work Framework, desenvolvido pela Good Work Alliance em colaboração com o Fórum Económico Mundial e a Mercer.
Uma boa prática que as empresas podem e devem começar a estimular é o pensamento do “o que vou fazer depois?”. O time de recursos humanos tem papel fundamental em criar um ambiente corporativo convidativo para que seus funcionários falem sobre o que querem fazer a seguir. Afinal, o investimento nos primeiros anos de carreira de uma pessoa é bastante representativo e pesado, seja por parte da empresa ou do próprio profissional. Agora, é preciso começar a pensar nos planos de sucessão e também em como auxiliar esse colaborador a já se preparar para esse novo momento de vida. É preciso começar a investir no final da carreira das pessoas.